Quase diariamente a cena se repete: inúmeros animais chegam nas carrocerias de paus-de-arara, entre os passageiros, muitos deles sendo pisoteados. São comercializados nas feiras livres deste Município para criação, abate e até para práticas religiosas clandestinas.
Apesar do comércio ser autorizado, chama a atenção os maus-tratos aos bichos. Os comerciantes expõem ovinos, caprinos, porcos e aves sem nenhum cuidado sanitário. As cicatrizes que os animais trazem na pele revelam a forma de como são transportados. Na chegada, um a um são colocados nas calçadas para apreciação dos compradores. José Mesquita do Nascimento se identifica como um desses compradores. Ele diz que já atua no ramo há mais de 35 anos. "Compro e vendo animal sem nenhum problema. Se morrer na viagem não é culpa minha", afirma. "Para saber se o animal está bem de saúde, é sempre bom verificar se não está tremendo muito e se o nariz continua bem molhado", diz.
Na feira que funciona na calçada do antigo Clube da Reffsa, os primeiros animais desembarcam por volta das 6h. Amarrados pelas patas, ficam sem água e sem comida. Ao longo da manhã, aos poucos, vão sendo vendidos. A maioria vem da zona rural e são vendidos para o abate. Os preços variam de R$ 10,00 e R$ 150,00.
Texto e Foto:Wilson Gomes
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