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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Família de acusado de cometer estupro em Acopiara entrará com ação contra o Estado

Movimentação de policiais foi intensa na segunda-feira no 30º DP (MAURI MELO)
Movimentação de policiais foi intensa 
na segunda-feira no 30º DP
A família do detento Domingos de Sousa Bezerra, 24, morto na madrugada de segunda-feira, durante o resgate do preso Francisco Clerton do Carmo, 23, o “Diabo Loiro”, vai entrar com ação indenizatória contra o Estado. Durante o resgate, além do preso morto, dois policiais foram baleados, entre eles um delegado.

Domingos estava detido há seis meses no 30º Distrito Policial, no Conjunto São Cristóvão, pela acusação de ter cometido um estupro em 2000, em Acopiara. Contra ele, havia um mandado de prisão expedido pela 2ª Vara da Comarca do município. Contudo, segundo a família de Domingos, o detento seria inocente. Ele foi criado pela tia Maria de Fátima Cardoso, pois sua mãe era portadora de transtornos mentais e seu pai havia morrido há anos.  

Segundo sua irmã de criação, Jaqueline Cardoso de Almeida, há um documento oficializado em cartório, declarado pela própria vítima, que o acusado não teve nenhuma participação no estupro. A denúncia de que Domingos teria cometido o estupro partiu de uma vizinha da vítima. “Logo que soubemos da prisão de Domingos, tomamos um susto, pois não sabíamos o motivo”, disse. 


De acordo com a irmã, a luta para provar que Domingos era inocente começou após sua prisão. Depois de descobrir quem teria sido a vítima do suposto estupro, Jaqueline conseguiu a declaração afirmando que o verdadeiro autor do crime estava morto. A família alega ainda que Domingos, assim como a mãe, era portador de transtornos mentais. 

Inconformada, Jaqueline lembra que tentou por meio da justiça, da promotoria, da Polícia Civil e até de pessoas ligadas a Direitos Humanos, a liberdade do irmão. Como não conseguiu batalhava pela transferência dele para o Manicômio Judicial. 

O titular do 30º DP, Sílvio Rego Moreira, informou que, ao assumir a delegacia, Domingos já estava na unidade há três meses. O delegado argumentou que até a Justiça solicitar exame de sanidade mental do preso, em abril, ele não sabia da suspeita de que o detento tinha transtornos mentais. 

O preso foi encaminhado ao hospital Otávio Lobo, onde faria o exame, mas, segundo o delegado, a unidade alegou que não teria condições de realizar o procedimento, pois a documentação estaria incompleta. “Estávamos dependendo do retorno da Justiça para encaminharmos, novamente, o preso ao hospital, quando aconteceu o fato”.

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