
Na noite do último sábado 29, aproximadamente duas mil pessoas com faixas, cartazes e vestindo camisetas na campanha "crack, tô fora", realizaram uma caminhada de 2km até o Arco de Nossa Senhora, no centro da cidade. A organização do evento trouxe do Rio de Janeiro, o ex-traficante Carlos Amaral, ele contou como foi a sua vida no tráfico de drogas no complexo do Alemão (RJ) e revelou alguns segredos de como encontrar uma saída do crack, o documentário "a epidemia do crack em Sobral" foi exibido num telão e em seguida a banda Som e Louvor cantou por quase duas horas, animando os jovens e famílias presentes.
Wellington Macedo, presidente do Instituto Filadélfia falou do projeto de construir em Sobral o maior centro de recuperação de usuários do crack e outras drogas e torná-lo modelo no Brasil, mas fala da nescessidade de dispertar o interesse do poder público. "Nós temos um grande projeto e se o Governo do Estado, em parceria com o município e Governo Federal tiverem interesse, é possível sim construirmos um centro de recuperação para esses jovens, o custo chega a ser 50% mais barato que manter um presidiário, pois é este o destino do usuário do crack". Macedo conta que todos os dias vem sendo procurado por dezenas de mães de usuários que procuram ajuda, logo na chegada a concentração do evento, foi abordado por Dona Francisca Maria, mãe de uma jovem de 31 anos usuária do crack, uma cena chocante do desespero daquela senhora chorando pedindo um apoio e meio de recuperar sua filha. "Pelo amor de Deus, me ajude, eu não sei mais o que fazer com a minha filha que está morrendo no crack", foram estas, algumas palavras durante o encontro da mãe com Macedo, organizador do movimento contra o crack em Sobral.
Segundo o ministério público de Sobral, nos últimos dez meses o índice de crimes e pequenos furtos envolvendo adolescentes usuário do crack em Sobral já cresceu mais de 100%. Wellington Macedo conta que idéia de realizar uma campanha surgiu depois de sofrer um assalto em dezembro de 2008, o fato foi noticiado pelo DN, sua filha de 13 anos também foi assaltada por dois adolescentes armados, a iniciativa de lançar a campanha veio com um pedido do procurador da Assembléia Legislativa do Ceará, Dr. Reno Ximenes.
Wellington Macêdo
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