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domingo, 6 de novembro de 2011

Estado do Ceará aparece em 3º lugar no ranking em mortes por acidente

O Ceará é o estado do Nordeste onde mais se morreu, em 2010, por causa de acidentes com motocicletas. Dos 1.965 óbitos envolvendo transportes terrestres, 683 foram por causa de motos. Em oito anos, o número de mortes por acidentes de moto foi o maior já registrado por aqui. Superou o ano de 2006 – até então o que apresentava o maior número de óbitos -, quando morreram 579 pessoas. Os dados, divulgados ontem pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, deixam os cearenses em alerta para a redução das estatísticas.

Em todo o Brasil, o Estado ocupa a terceira posição. Fica atrás apenas de São Paulo (1.518) e Paraná (759). Dados de setembro do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostram que o Ceará conta com uma frota de 797.181 motos. Já São Paulo, com 3.533.327. O Paraná tem 906.156. Para os órgãos de trânsito, a grande quantidade de motocicletas contribui para o aumento no número de acidentes. “As motos hoje correspondem a 42,5% da frota do Estado”, afirmou a diretora de Planejamento de Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Lorena Moreira.

Para completar, segundo ela, a frota concentra-se no Interior (618.305), onde apenas 49 municípios têm órgãos municipais de trânsito. “Nos municípios menores, já existe a cultura de andar sem capacete, andar sem habilitação e ainda faltam órgãos para fiscalizar”, justifica. Mas, os motociclistas da Capital não estão isentos. Segundo o inspetor Márcio Moura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Fortaleza, eles costumam avançar sinal, andar acima da velocidade permitida e ultrapassar pela direita.

Para reduzir as estatísticas, os órgãos de trânsito apostam em conscientização do motociclista e mais fiscalização. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), por exemplo, acredita que é preciso reforçar noções de educação no trânsito ao tirar a habilitação. A fiscalização é parceria na hora de reduzir os óbitos. De acordo com Lorena Moreira, do Detran, de segunda a quinta, no Estado, são feitas 12 blitze. E, de sexta a domingo, 20.

ENTENDA A NOTÍCIA

Não usar o capacete, ultrapassar o limite de velocidade. Atitudes que tem contribuído para o aumento no número de óbitos por acidentes de moto. Órgãos de trânsito apostam em educação e fiscalização. Fonte: O Povo 

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