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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Brasil é recordista mundial em mortes por armas de fogo


Existem hoje cerca de 16 milhões de armas portáteis circulando pelo Brasil, das quais 47,6% estão na ilegalidade, o que dá 7,6 milhões de unidades em poder de civis e bandidos. Com 34,3 mil homicídios anuais, o País é campeão mundial em números absolutos de mortes por armas de fogo.
Os dados compõem um levantamento nacional, divulgado ontem pelo Ministério da Justiça, em Brasília, como ponto de partida para retomada da campanha nacional pelo desarmamento, a ser mantida no futuro governo.
“A posse de armas não socorre o cidadão, só gera mais violência e crime”, afirmou o ministro Luiz Paulo Barreto. O estudo foi produzido pela organização não-governamental (ONG) Viva Rio, em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
A pior situação, conforme ranking montado pela ONG, é a de Rondônia, Sergipe e Amapá. Foram levados em conta o cuidado no depósito das armas, o gerenciamento no seu controle e a produção de informações confiáveis sobre quem tem, onde estão e como são usadas as armas. Os melhores avaliados foram São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro.
Conforme o estudo, de cada 10 armas apreendidas no Brasil, oito são fabricadas no País e apenas duas vêm de fora. Segundo explicou Antônio Rangel, diretor da Viva Rio, entre os armamentos de origem estrangeiras, 59,2% são originários dos Estados Unidos, conforme cadastro do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), controlado pelo Exército e a Polícia Federal (PF).
O segundo mercado fornecedor é a Argentina, 16,7%; seguido da Espanha, 6,9%; Alemanha, 6,4%;e Bélgica, 4,1%. Para Rangel, é mito acreditar que fuzis russos e israelenses são os grandes armamentos do crime. “Isso pode ocorrer apenas em territórios do tráfico no Rio, mas é exceção”, garantiu.
O trabalho da ONG envolve cinco estudos sobre diferentes aspectos do armamentismo no Brasil. Um deles traz a análise de 340 mil armas apreendidas no País de 1982 a 2008, com o objetivo de mapear as fontes que abastecem o crime organizado e a violência urbana. O estudo mostra que em apenas um ano, foram roubadas 27 mil armas de civis.
Outra fonte regular de suprimento são policiais civis, militares e bombeiros, que têm direito a adquirir três armas por ano a preço de fábrica. “Compramos armas para nos defender e acabamos armando os bandidos”, enfatizou o ministro. O Rio Grande do Sul é o campeão em população civil armada: “Há uma cultura de glorificação da arma, fruto de uma mentalidade rural atrasada”, declarou.
Fonte: das agências de notícias via  SPN

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