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segunda-feira, 28 de março de 2011

O tratamento será diferente ?

Prestes a completar os primeiros 100 dias do seu governo, a presidente Dilma já demonstrou claramente que não dará a Pernambuco o mesmo tratamento dispensado por Lula. O próprio governador Eduardo Campos (PSB) nunca passará recibo, mas dois episódios já falam por si só da sua insatisfação: a novela mexicana em que se transformou a nomeação de Fernando Bezerra Coelho para o Ministério da Integração Nacional e a longa espera das indicações do segundo escalão. Até as paredes do Palácio das Princesas sabem que Eduardo quer no comando da Chesf o atual secretário de Recursos Hídricos, João Bosco, funcionário de carreira da estatal. Há mais de 60 dias seu nome está engavetado com um agravante: o PT do Nordeste, conforme o senador Humberto Costa já confirmou, também está de olho na Chesf, sob alegação de que o partido não foi contemplado como merece no primeiro escalão federal. Quando demorou em nomear Fernando Bezerra, Dilma alegou a divisão interna no PSB entre as correntes de Eduardo e do ex-ministro Ciro Gomes. Quanto à Chesf, ela não dá um pio, nem muito menos o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci. No poder, Lula atendia Eduardo em tudo e numa velocidade de causar inveja aos governadores nordestinos. Dilma, além de adotar o estilo tartaruga (devagar, quase parando) na relação com o governador, ainda não deu o ar da sua graça no Estado.
Sobral de Prima

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