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terça-feira, 17 de maio de 2011

Conselho decide não investigar aumento de patrimônico de Palocci

Brasília. O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, José Paulo Sepúlveda Pertence, informou, ontem, que não há o que apurar no momento em relação ao patrimônio do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, que, segundo o jornal "Folha de S. Paulo", aumentou 20 vezes em quatro anos, saltando de R$ 375 mil em 2006 para cerca de R$ 7,5 milhões em 2010.

O patrimônio de Palocci foi discutido na reunião de ontem da comissão, que durou mais de três horas e meia. Mas, segundo Pertence, a comissão apenas "passou os olhos" sobre o assunto. "Não nos cabe indagar a história da fortuna dos pobres e dos ricos que se tornaram ministro", afirmou.

Ao ser lembrado que a fortuna foi adquirida durante o tempo que era deputado federal e questionado se não havia nisso conflito de interesses, Pertence declarou que só se houver uma denúncia concreta de falsidade nas declarações que Palocci prestou à Comissão de Ética, ao tomar posse como ministro, é que poderá ser tomada alguma medida. Para Pertence, "não há matéria a ser examinada".

Ontem, o ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, afirmou que Palocci o procurou para prestar esclarecimentos sobre as denúncias. "Ele disse que tinha cumprido todas as exigências legais", relatou.

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