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terça-feira, 28 de junho de 2011

Cidades cearenses entre as mais pobres

Itaitinga com 39,28% da população da classe D, seguida de Pacatuba, Maranguape, Aquiraz, Horizonte e Guaramiranga, estão no ranking dos 50 municípios pobres do Brasil que integram essa classe. Outras duas cidades cearenses Salitre e Graça aparecem entre as com menor participação. Nenhum município do Ceará integra as 50 maiores das classes A, B, C e ABC. É o que aponta a pesquisa Os emergentes dos Emergentes: Reflexões Globais e Ações Locais para a Nova Classe Média Brasileira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada ontem.

Todos os 30 municípios com maiores participações nas classes ABC estão na Região Sul do País, em função da maior desigualdade de renda lá observada. O estudo mostra ainda que desde 2003, o Brasil ganhou quase 50 milhões de consumidores, o equivalente à população da Espanha.

Para o coordenador do Laboratório de Estudos da Pobreza da Universidade Federal do Ceará (LEP/UFC), professor Carlos Manso, o fato dos estados do Norte e Nordeste mostrarem os piores resultados comprova o desequilíbrio regional. “Diz muito da escassez de renda e desigualdade”, reforça, acrescentando que em outras pequisas o LEP já apurou que no Ceará a renda dos 10% mais ricos é 3,5 vezes maior que a dos 40% mais pobres.

Mas a situação vem melhorando nos últimos dez anos. “Em uma década, a renda real per capita dos mais ricos no Brasil cresceu 10%, enquanto a dos mais pobres aumentou 68%”, destaca o economista Marcelo Neri, responsável pelo levantamento. Acrescenta que isso é reflexo do crescimento econômico com a redução da desigualdade social durante muitos anos. “O que está por trás disso é o aumento da educação e do trabalho formal, a redução da natalidade e o ciclo eleitoral”, completa, considerando que todo ano de eleição a renda média do brasileiro sobe muito.

Neri ressalta que o grande passaporte para a saída da pobreza é a educação, lembrando que programas como o Bolsa Família também contribuem neste sentido. A pesquisa mostra que a probabilidade de se migrar da classe E - a mais pobre - para níveis mais altos da pirâmide social é de 27% para quem tem até um ano de estudo e sobe para 53% para aqueles que permanecem na escola por 12 anos ou mais.

Fonte: O Povo

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