Decisões recentes do Comando Geral da PM e do Governo do Estado têm incomodado policiais militares que se encontram de Licença para Tratamento de Saúde (LTS). Uma delas determina que chefes e comandantes realizem visitas mensais aos PMs que estejam com a saúde debilitada. A outra cria um novo regulamento para a perícia médica dos servidores públicos, tornando mais rígidas as regras para se tirar a licença.Embora o Governo diga que o objetivo é contribuir com o tratamento dos PMs, as medidas geraram desconfiança. “Muita gente tem reclamado. O oficial ir até a residência do policial que está doente não ajuda em nada. Fica claro que é para fiscalizar”, comenta o subtenente Pedro Queiroz, presidente da Associação dos Praças da PM e do Corpo dos Bombeiros do Ceará.
Somente este ano, até o último dia 31 de maio, a Coordenadoria de Perícia Médica do Governo do Estado concedeu 2.085 licenças médicas a policiais militares, uma média de 13 por dia. Em alguns casos, os PMs ficam afastados do trabalho por mais de seis meses. Como o efetivo é reduzido, os oficiais encontram dificuldade para fechar a escala.
No último dia 31, o governador Cid Gomes instituiu um regulamento unificando as perícias médicas dos militares e dos servidores civis. As regras para se tirar LTS ficaram mais rígidas. No caso dos PMs e dos bombeiros, a junta médica que concederá a licença será formada por três peritos.Fonte: Wilson Gomes
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