| Foto – Wellington Macedo |
O choro foi a trilha de mais um final trágico definido pelas drogas. O enterro do empresário Antônio Clodoaldo de Alcântara, 55, proprietário do Armazém Alcântara e da Alcântara Transportes, pai de 3 filhos e avô de 3 crianças, foi o capítulo final de uma vida dedicada a família.
Atingido por um tiro que transfixou o braço e se alojou no tórax o empresário não teria reagido ao assalto ao seu mercado no bairro Padre Ibiapina, em Sobral. “Ele já tinha colocado o apurado do dia no cofre e deixou apenas 25 reais na gaveta do caixa. Ele entregou, mas o garoto não se satisfez e atirou três vezes”, explica Tiago Alcântara, médico e sobrinho de ´Toinho´, como o empresário era conhecido.
Com apoio da Polícia Rodoviária Federal, mais de 200 veículos acompanharam o cortejo que saiu de Sobral às 15h do sábado, 23, até o distrito de Rafael Arruda, onde nasceu o empresário Antônio Alcântara.
Na chegada do corpo à igreja do distrito, a prima do empresário, a dona de casa Antônia Ferreira de Morais, precisou ser amparada depois de uma crise de choro. Milhares de pessoas acompanharam a missa, a pequena igreja não comportava a multidão de amigos empresários, curiosos e parentes.
Às 17h um cortejo acompanhou o carro fúnebre até o cemitério municipal onde o corpo foi sepultado por volta das 17h30. O caso surge como um alerta vermelho para a sociedade e o poder público. A disseminação do crack e outras drogas no interior do Ceará começa a mostrar o descontrole e ineficiência das ações governamentais.
Adolescente
Um adolescente de 15 foi o autor dos disparos. Na manhã de sábado depois de saber que o pai tinha sido levado para a delegacia para prestar depoimento o adolescente se entregou a polícia. “Meu pai não tem nada a ver com isso”, disse.
Fonte: Lyana Ribeiro/Diário do Nordeste, 25/07/2011
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