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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sobral, Laudo identifica maus-tratos sofridos em escola da rede municipal de ensino.

A mãe mostrou o laudo que identifica os maus-tratos sofridos pela filha em escola da rede municipal de ensino. Diz esperar providências FOTO: JÉSSYCA RODRIGUES
Saiu o laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) feito para comprovar se uma criança, de 8 anos, residente neste Município, sofria agressões físicas no colégio. A denúncia foi feita na semana passada pela mãe da menina, e publicada com exclusividade por este jornal. De acordo com a mãe, as agressões ocorreram por parte de um colega de 9 anos de idade, durante todo o primeiro semestre e nenhuma providência foi tomada por parte da professora. De acordo com o laudo, a menina sofreu agressões físicas e apresenta contusões.
A menina cursou metade do 3º ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal Osmar de Sá Pontes. Conforme relatou a estudante, desde o primeiro dia de aula, seu colega de sala começou a persegui-la.
Segundo a mãe, depois de recebido o laudo do IML, o mesmo foi levado a um médico do Posto de Saúde da Família (PSF), onde houve a orientação para que a criança se mantivesse em repouso. "Mas como é que eu faço isso? Dizer pra minha filha que ela não pode brincar com as colegas porque não pode fazer esforço com as pernas? Ela tem tomado banho sentada por não se aguentar de pé muito tempo e vive inquieta por não achar uma posição confortável para ficar".
Outros exames foram solicitados pelo médico para determinar o motivo do inchaço na região lombar, como um tomografia na região da cabeça e uma ultrassonografia para identificar um músculo rompido nas costas, segundo contou a mãe.
"Esse problema nas costas dela é o que mais me preocupa, pois o médico disse que pode ser um nervo inchado que pressiona a coluna vertebral e isso causa o incomodo na cabeça e nas pernas", disse. De acordo com a mãe, a filha já deseja voltar à escola, porém não compreende a situação. "Ela sabe que foi transferida, mas acha que apenas o colega que a agredia e a professora não estarão presentes. Pra ela, todas as suas amigas estarão lá quando voltar", diz.
A família também está preocupada com as sequelas psicológicas das agressões. "Ela não aguenta passar em frente à escola antiga ou mesmo nos arredores, pois fica tremendo e chorando", afirma a mãe.
Os familiares também buscaram apoio dos Direitos Humanos e ponderam entrar com uma medida judicial. "Nós queremos apenas que essa professora, que estava em sala de aula e deixou que isso acontecesse, responda por isso. Não culpamos nem a diretoria e nem a coordenação, pois o que aconteceu foi dentro da sala na presença dela", disseram. A mãe afirmou estar descontente com a Prefeitura, pois não recebeu nenhum apoio no âmbito médico para sua filha. "Todos os exames e consultas foram feitos porque eu tinha amigos que puderam me ajudar, mas a Prefeitura não tem sido presente quando se trata disso", lamenta.
A reportagem buscou contato com o secretário de Educação do Município, Júlio César da Costa, mas, até o fechamento desta edição, não obteve retorno. Em entrevista anterior sobre o problema, o secretário falou que tomou conhecimento do caso no inicio do mês e sua primeira ação foi proteger as duas crianças. "Os dois estão sendo transferidos para outras escolas, onde os colegas não sabem nada sobre o ocorrido. Eles passarão por um atendimento especializado no contra turno, com o acompanhamento de profissionais", disse.
Via: Diário do Nordeste.Jéssyca RodriguesRepórter 

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