Após morte de cinegrafista, PM quer critérios para coberturas jornalísticas

A morte do cinegrafista Gelson Domingos, da TV Bandeirantes, em operação policial na favela Antares, zona oeste do Rio de Janeiro, pode servir para evitar novas tragédias. Nesta segunda-feira (7), em cerimônia no Complexo do Alemão, o comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, afirmou que a corporação vai tentar criar uma espécie de ‘código de relacionamento’ entre os policiais e os jornalistas. A Agência Brasil conta:

“Vamos tentar reunir os sindicatos dos cinegrafistas, dos jornalistas, para conversar, para ter um critério de segurança. Quando um policial falar com um repórter: ‘daqui vocês não podem passar’, que eles entendam e, por segurança própria, obedeçam a orientação dos policiais”, disse o comandante da PM.

Reportagem do Fantástico, feita por jornalistas que estavam na mesma operação, mostra que os policiais determinaram que os jornalistas continuassem avançando junto com o grupo mesmo depois de verificarem que estava incorreta a informação de que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) havia tomado o controle da favela Antares.Costa Filho afirmou que a PM não “convida” os jornalistas para esse tipo de operação, mas que os jornalistas especializados na cobertura policial possuem muitas fontes e conseguem descobrir onde e quando a polícia está agindo.Revista Epoca