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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Casa de apoio a drogados será inaugurada hoje em Sobral

Sobral. A Casa de Apoio Comunidade Terapêutica Filadélfia será inaugurada hoje, às 20horas, logo após o Hospital Regional Norte. A Comunidade tem como finalidade tratar viciados em crack, com capacidade para até 30 pacientes voluntários e com a atenção voltada para Sobral e municípios vizinhos.
A casa de Apoio da Comunidade Filadélfia está instalada na CE 440, que liga Sobral e Meruoca. O projeto contará com apoio público e privado FOTO: JÉSSYCA RODRIGUES

Integralizar o tratamento para dependentes químicos entre a Comunidade Terapêutica Filadélfia e as políticas públicas antidrogas será o diferencial da casa, que se localiza em Sobral.

Instalada na CE 440, estrada que liga Sobral ao município de Meruoca. Os pacientes aceitos serão triados dentre os de sexo masculino e que se apresentam voluntariamente.

A comunidade conta com diversas parcerias no setor privado, que viabilizaram a instalação de um consultório para atendimento individual, sala de aula para cursos e palestras, aviário, refeitório, campo para vôlei e futebol de areia, academia, produção de artesanatos, horta orgânica, pescaria, biblioteca, cozinha com fogão industrial e quartos com roupeiros e beliches.

Para o presidente da instituição, Wellington Macedo, o objetivo principal, além do tratamento interligado ao Caps AD, é oferecer um sistema de trabalho que recupere a autoestima, o estado físico e emocional, intelectual, cognitivo, profissional e espiritual do paciente.

"Vidas serão recuperadas como se restaura vasos de barro numa oficina de oleiro.
Recaídas
Além da atuação técnica de profissionais da Saúde, a perspectiva é que a religião seja um instrumento valioso na terapia. "Deus vai trabalhar intimamente na vida de todos os pacientes através da leitura da Bíblia sagrada. Queremos devolver esses jovens sem recaídas e produtivos no convívio social e mercado de trabalho", afirma Macedo.

Toda a estrutura foi montada graças a parceria entre a instituição e empresas como Zenir Móveis, Construpiso, Distribuidora Santa Cruz, Hidracor, Execute Computadores, Varejão do Comerciante, Colégio Luciano Feijão, Sobralnet, Guaraná Del Rio, Canto Mineiro, Afonso Gril, Sobral Gril, ABC Extintores, Secretaria do Esporte do Governo do Estado, Associação dos Artesãos de Carqueijo e voluntários.

Para Wellington Macedo, é possível realizar um trabalho sério unindo sociedade, ONG, poder público e setor privado. "Com essa parceria, conseguiremos obter altos índices de recuperação", observa.
Revezamento
Profissionais de sete especialidades vão revezar nos plantões da casa que vai receber pré-adolescentes e adultos de nacionalidade brasileira.

O prazo mínimo do tratamento em regime residencial, vai variar entre 10 à 12 meses, dependendo da orientação médica indicada a cada paciente.

A instituição receberá pacientes particulares e brevemente estará credenciando planos de saúde e convênio com prefeituras de qualquer cidade do País, a fim de gerar oportunidade de tratamento para dependentes químicos de baixa renda. Um psicólogo e um psiquiatra estarão revezando em plantões de atendimento, além da equipe fixa a fim de que os internos não fiquem sem instrutores.
Durante o dia, um enfermeiro junto com estagiário e um auxiliar terapêutico farão o acompanhamento. Pelo menos três profissionais estarão presentes, de acordo com Wellington.
Capacitação
Segundo ele, no Ceará, existem diversas comunidades terapêuticas, mas nem todas têm os parâmetros exigidos por lei, o que não acontecerá com a Comunidade Filadélfia.

"Teremos atendimento psicológico e psiquiátrico, o apoio de assistentes sociais, enfermeiras e monitores, além de educadores físicos. Todos capacitados para acompanhar os internos. Serão pelo menos dez funcionários fixos, já tendo a equipe formada", ressaltou.

Macedo conta que possui longa história abordando o tema. Os dependentes químicos, para ele, já vêm sendo parte do seu trabalho há mais de dois anos. Iniciando com um protesto, ele diz que conseguiu chamar a atenção para o aumento da criminalidade relacionado ao consumo de crack.
Em setembro de 2011, a cidade foi palco do documentário "A Epidemia do Crack em Sobral", que repercutiu nacionalmente, sendo seguido de um Seminário regional de Enfrentamento ao Crack, que contou com mais de 600 pessoas. Para ele, o crack hoje deve ser visto como um problema de todos. "Não há distinção de sexo, raça ou posição social, devendo ser encarado com um mal que pode atingir a todos", concluiu.
Mais informações
Instituto Filadelfia
Coordenador Wellington MacedoInstitutofiladelfia1@gmail.com ,Telefones: (88) 3111.4846,
(88) 9611.1753/ (88) 9295.8555, Fonte Diário do Nordeste

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