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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Medo da abstenção chega hoje aos tribunais eleitorais


Argumento do voto obrigatório será usado para garantir transporte aos eleitores; Meta no Nordeste é reduzir em 5% a abstenção. O medo da abstenção já é visto como o mais apavorante dos fantasmas que preocupam os articuladores das duas campanhas presidenciais. Na trincheira tucana, face às pesquisas apontarem que as classes mais favorecidas economicamente são mais propensas a votar em José Serra, teme-se que a sequência de feriados – Dia do Servidor Público (28) e de Finados (2 de novembro) – possa fazer com que esses eleitores decidam “tirar férias cívicas”.

A divulgação da pesquisa “Vox Populi” apontando que existiria uma vantagem de 14 pontos, em votos válidos, para a candidata governista pode desestimular mais ainda este eleitor que tem renda para viagens rápidas ou mais longas. A divulgação de novas pesquisas neste sentido pode desestimular mais ainda - preocupam-se os tucanos. A estratégia tem sido divulgar que o papel de civismo deve ser cumprindo em nome de uma mudança e pelo afastamento dos equívocos e mal feitos do PT.
Transporte de eleitor

No bunker dilmista, já teria sido tomada uma decisão estratégica e ousada. Segundo as pesquisas internas dos apoiadores da candidata de Lula, teria sido identificado um avanço, um crescimento de intenção de votos, e por isto decidiu-se pleitear junto aos Tribunais Regionais Eleitorais, especialmente no Nordeste, o cadastramento de veículos para transportar eleitores. O argumento legal é de que o voto não é só um direito do cidadão, mas também uma obrigação e o Estado seria obrigado a promover condições para que este direito/dever fosse efetivado pelo cidadão.
O cadastramento de veículos não será aleatório - seria usada a frota de atendimento as escolas municipais, especialmente. Alguns estados já estariam fazendo isso desde a semana passada, mas outros estão fazendo os pedidos só agora, especialmente, os que terão segundo turno, como Piauí, Alagoas e Paraíba. A intenção, segundo a coordenação da campanha petista é reduzir em cinco pontos percentuais a abstenção no Nordeste. No primeiro turno, a abstenção no Nordeste foi de 19,9%. A intenção é buscar 75% dos votos válidos para Dilma Rousseff e reduzir em cinco pontos o não comparecimento.
Os estados nordestinos com menor abstenção foram Rio Grande do Norte e Sergipe – estados com menor território e que terminaram a eleição em primeiro turno. O RN ficou com 16,37% e o Sergipe apresentou 16,87% de não comparecimento. A Paraíba, outro estado de pequeno território, teve uma baixa abstenção, 18,48%. Pernambuco vem em seguida com 19,41% e Piauí com 19,83%. O Ceará teve uma abstenção de 20,5%. A Bahia teve um número pouco maior, com 21,56%. Chamou atenção a abstenção de Alagoas com 22,11% e Maranhão com 23,97%.
(por Genésio Araújo Junior, especial para O Estado)

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