Mortalidade é maior entre homens de 15 a 24 anos, que abusam de álcool e velocidade
Jovens de 15 a 24 anos foram as principais vítimas do trânsito durante a década de 1998 a 2008, sendo que o sexo masculino é o mais vulnerável. O "Mapa da Violência 2011", do instituto de pesquisa Sangari, constata que o número de mortes de jovens cresceu 15 vezes mais do que o observado em outras faixas etárias. De 15 a 19 anos, a mortalidade aumentou 21,4% e de 20 a 24 anos, subiu 40,1%. O Detran-PA confirma as estatísticas e aponta álcool, excesso de velocidade e imprudência como as principais causas dessa tragédia. Uma pesquisa do Detran sobre o tema será publicada este ano. No Mapa da Violência 2011, o Pará ocupa a 25ª posição na mortalidade de jovens por trânsito entre os estados brasileiros e Belém ocupa a 26ª posição entre as capitais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a cada 400 mil jovens brasileiros, 25 mil morrem por ano no trânsito.
O diretor de Planejamento do Detran-PA, Carlos Valente, ressalta que 20 ou 30 anos atrás, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) era instrumento de trabalho. A partir da década de 90, a CNH confere status de liberdade e independência para quem completa 18 anos, principalmente entre famílias de classe média ou média-alta. Em alguns casos, aos 18 anos, o jovem entrando na faculdade e o carro é um presente.
Valente destaca que ao jovem, a partir de 18 anos, às vezes falta maturidade, especialmente para os do sexo masculino. Ele avalia que as mulheres amadurecem mais rápido que os homens e são mais prudentes. "Os homens gostam de dizer que mulheres fazem besteira ao volante, mas é ao contrário. A maioria dos acidentes envolve homens. Tanto que algumas seguradoras até dão descontos para mulheres, pois elas não adotam comportamentos perigosos. Na avaliação para CNH, as mulheres geralmente já possuem pelo menos o ensino médio completo. Os homens chegam a partir do fundamental incompleto", diz.
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