No Rio de Janeiro, o homem que esteve à frente da Polícia Militar durante a invasão do conjunto de favelas do Alemão pediu para sair. O coronel Mário Sérgio Duarte assumiu a responsabilidade por ter escolhido o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, para comandar o batalhão de São Gonçalo. Oliveira é suspeito de mandar matar a juíza Patrícia Acioli.
Do Hospital da Polícia Militar, onde está internado por causa de uma cirurgia, Mário Sérgio Duarte fez o pedido para deixar o comando da PM. Na carta encaminhada ao secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, o coronel Mário Sérgio admite o desgaste, depois da prisão do tenente coronel Cláudio Luiz de Oliveira, suspeito de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli.
O oficial, que está preso em Bangu I, tinha sido transferido por Mário Sérgio para o comando de um novo batalhão, sete dias depois da morte da juíza. Em depoimento, um cabo também já preso, acusado de envolvimento no crime, admitiu ter atirado em Patrícia Acioli e disse que a munição usada pertencia ao batalhão de São Gonçalo, onde o grupo era lotado. A polícia ainda investiga a participação de mais um envolvido no crime, seria o 11º homem, também policial.
O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, divulgou nota informando que aceitou o pedido de exoneração feito pelo coronel Mário Sérgio Duarte, mas que lamentou a saída dele. Beltrame garantiu ainda que o nome do novo comandante geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro será anunciado em breve.
Mário Sérgio assumiu o comando da PM em julho de 2009 e prometeu intensificar as investigações em casos envolvendo policiais militares. Com 31 anos de Polícia Militar, Mário Sérgio costumava se pronunciar em situações delicadas. Foi assim depois do sequestro a um ônibus no Centro do Rio no início de agosto, quando foram apontadas falhas na ação policial. E nas negociações com os bombeiros que invadiram o quartel da corporação durante a greve de junho.
O agora ex-comandante da PM também se destacou no trabalho de ocupação do conjunto de favelas do Alemão, em novembro de 2010, e na implantação de Unidades de Polícia Pacificadora. Portal G1
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