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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Em sessão tensa, Assembleia aprova piso dos professores

Professores foram impedidos de acessar o plenário. Batalhão de Choque usou spray de pimenta (Foto: André Teixeira/G1)Em meio à tentativa dos professores estaduais de ocupar o plenário da Assembleia Legislativa do Ceará, deputados aprovaram no início da tarde desta quinta-feira (29) o reajuste salarial  da categoria.
Os professores protestam na Assembleia alegando que o Governo de Estado não cumpre a Lei do Piso Nacional, que exige um salário de no mínimo R$ 1.180 para os profissionais com ensino médio. A aprovação da matéria nesta quinta-feira determina um salário de R$ 813,79 para professores com ensino médio. De acordo com o líder do Governo na Câmara, deputado Antônio Carlos (PT), o número de professores com ensino médio é “somente um resquício”.
“A matéria foi enviada à Assembleia pelo governador (do Ceará) Cid Gomes após discutir com a categoria. Nada foi aprovado sem debate”, diz Antônio Carlos.
Por conta do spray de pimenta, professores tiveram irritação na garganta. (Foto: André Teixeira/G1)O Batalhão de Choque foi acionado para conter a manifestação dos professores. Foi usado spray de pimenta para evitar uma possível invasão ao plenário da Assembleia. O spray se espalhou pelos corredores do prédio e incomodou professores, parlamentares e os próprios policiais. Os 
professores também foram impedidos de acessar as galerias que permitem assistir às sessões, para evitar possíveis “manifestações extremadas”, de acordo com o Batalhão de Choque.
Os professores afirmam que vão seguir em greve até que todos os professores da rede estadual recebam o salário equivalente ao piso nacional. Eles prometem também manter ocupando os corredores da Assembleia. Nesta noite, cerca de 60 professores dormiram no prédio em colchões espalhados no interior da Assembleia.
Quatro deputados votaram contra a aprovação da matéria: Eliane Novais (PSB), Heitor Férrer (PDT), Augustinho Moreira (PV) e Roberto Mesquita (PV). A deputada Eliane Novais diz que o Governo agiu de forma truculenta ao acionar o Batalhão de Choque. “É uma forma truculenta de lidar com os professores”, disse.
Antônio Carlos afirma que os professores agiram com “excessos” e o trabalho do batalhão foi “essencial para garantir a integridade dos professores e parlamentares” que acompanharam a sessão.

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